A participação dos cavaleiros nas Cruzadas fez com que a cavalaria assumisse um caráter quase sagrado na sociedade medieval. Conscientes da importância conquistada, os cavaleiros passaram a se organizar em torno de confrarias chamadas ordens.
Para ingressar nessas ordens era necessário se submeter a um longo ritual. Aos 7 anos, o menino ia servir como pajem
em um castelo, onde um senhor lhe ensinava as artes da guerra. Aos 16,
tornava-se escudeiro, devendo carregar as armas de um cavaleiro. Entre
os 18 e os 20 anos, era finalmente armado cavaleiro em uma cerimônia
solene.
A partir de então, deveria cuidar de sua própria vida. Alguns tinham seus séquitos;
outros, ligavam-se a um senhor feudal. Havia ainda aqueles cavaleiros
solitários que vagavam de um lugar para outro em busca de fama e
fortuna.
O cavaleiro tinha de obedecer
fielmente às regras da cavalaria: devia proteger a Igreja, os órfãos, as
viúvas; não podia matar um adversário indefeso nem mentir. Essas regras
e a obrigação de seguir valores como fidelidade, lealdade e dedicação
contribuíram para mitificar a cavalaria e deram origem a narrativas em
prosa, os chamados romances de cavalaria, e a poemas (os poemas de gesta, cujos personagens principais eram cavaleiros).
Iluminura Justiniani em Fortiatum, do século XIV |
Esta gravura, retrata um cavaleiro atacando outro com uma espada e um cavaleiro escrevendo seu testamento com uma espada manchada de sangue.
Excerto. AZEVEDO, G.; SERIACOPI, R. História em movimento, Vol 1. pág. 182
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