As mudanças pelas quais passou a Europa a partir do século XV configuraram uma nova época e uma nova sociedade. Novos atores sociais, como a burguesia mercantil, começavam a se impor no cenário econômico. O comércio avançava, pondo fim ao isolamento dos feudos. Na península Itálica, o Renascimento artístico e científico abria novos horizontes para o conhecimento. Em diversos países europeus, consolidava-se o Estado nacional por meio de Monarquias centralizadas.
Em Portugal, a dinastia de Avis dava início à expansão marítima europeia com a conquista de Ceuta, no norte da África, em 1415. No fim do século, Colombo chegava à América (1492) e Vasco da Gama abria o Caminho Marítimo para as Índias (1498). Poucos anos depois, no começo do século XVI, a Europa inteira era agitada pela Reforma protestante e por conflitos sociais e religiosos.
Os séculos XV e XVI seriam, portanto, de grandes mudanças. Com o feudalismo em crise e a ascensão do capitalismo mercantil, a Idade Média chegava ao fim. Muitos historiadores deram à nova época que começava o nome de Idade Moderna e estabeleceram como seu marco inicial o ano em que os turcos-otomanos tomaram de assalto a cidade de Constantinopla, pondo fim ao milenar Império Bizantino: 1453. Essa data, contudo, é um tanto arbitrária. Além disso, muitos traços, valores e costumes medievais não desapareceram da noite para o dia. Restos do feudalismo, por exemplo, permaneceriam na Europa até o século XIX. Dessa forma, a transição do feudalismo para o capitalismo mercantil, ou da Idade Média para a Idade Moderna, seria marcada por mudanças e permanências. Ainda segundo historiadores preocupados com a periodização da história, a Idade Moderna terminaria com a Revolução Francesa, em 1789, quando teria início a Idade Contemporânea.
Excerto do livro Ser protagonista - Competências - História - ENEM. 1ª. ed. [s.l.] Edições SM Ltda., 2014a.
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