Por volta da década de 1450, o inventor alemão Johann Gutenberg criou a prensa móvel que revolucionou a sociedade e abriu espaço para a disseminação do conhecimento e da informação.
Especificamente no período antecedente da Idade Média (476 d.C. – 1453) o acesso ao conhecimento era muito restrito. O acesso à educação era destinado a religiosos e alguns membros da realeza e da nobreza. Ficava por conta dos chamados monges copistas a preservação de textos da antiguidade clássica grego-romana.
Os monges copistas eram, inicialmente, somente beneditinos e foram os fundadores das primeiras escolas medievais; no plano econômico, o trabalho agrícola desenvolvido pelos monges nos mosteiros e as técnicas de plantio e de aragem do solo aprendidas e ensinadas por eles, os manuais escritos sobre esse tema. (ARRUDA)
A Ordem Beneditina foi fundada pelo monge São Bento de Núrsia (480-547), cujo lema era “ora et labora” (ore e trabalhe). Em 1964, o Papa Paulo VI, o designou santo padroeiro da Europa, por causa da importância que essa ordem teve na formação da Europa: no plano cultural. Os séculos de maior ação dos beneditinos coincidem com os séculos de formação do continente, da formação da Europa como tal (séc. V ao X).
As invenções de Gutenberg
Para se ter uma ideia da dimensão do invento de Gutenberg, em menos de 50 anos após o criação da prensa móvel, foram impressos mais de 40.000 edições diferentes.
Além da prensa móvel, Gutenberg também desenvolveu uma nova tinta a base de óleo de linhaça, mais apropriada para o papel que estava utilizando.
As inovações também ocorrem com o papel. Inicialmente, a matéria prima para o papel era feita à base de pele de carneiro. Os chineses já empregassem a fibra vegetal, mas era muito caro e os livros manuscritos nesse material eram inacessíveis ao grande público.
Fonte: Biblioteca Digital Mundial |
A evolução da impressão
Alguns anos depois da impressão da primeira Bíblia de Gutenberg, começaram a surgir m grande salto no desenvolvimento de novas tecnologias e maior produtividade para impressão.
A imagem foi inserida ao texto como forma de ajudar na compreensão da leitura e até mesmo substituí-la, em alguns casos. A técnica usada foi a xilogravura.
Domínio público. Xilogravuras do século XVI ilustrando a produção da xilogravura. No primeiro: Esboçando a gravura. Segundo: Usando um buril para cavar o bloco de madeira que receberá a tinta
A xilogravura foi uma das técnicas mais utilizadas como forma de reproduzir desenhos nos livros.
A introdução da cor na impressão de livros também foi outro grande avanço no aumento da qualidade dos impressos.
Além dos livros, outra mídia bastante utilizada a partir do século XV foi o panfleto.
No início do século XIX, a propaganda surge por meio dos pôsteres comerciais. Esses pôsteres feitos em litografia levaram os designers ao patamar dos mestres da arte e eles se tornaram reconhecidos em todo o mundo.
No século XIX, já havia um público ávido de leitura e pronto para aceitar a publicidade que foi veiculada por meio de pôsteres artísticos.
As invenções de Gutenberg determinaram uma avalanche de inovações na impressão. Mas também na sociedade, como por exemplo a Reforma Protestante, no séc. XVI. Em 1317, na Basileia foram distribuídos panfletos das 95 Teses de Matinho Lutero.
Por Martinho Lutero - http://www.e-rara.ch/bau_1/content/pageview/69647, Domínio público
Referência:
ARRUDA, Ricardo. Dicionário de História Geral. Arquivo digital.
UNESA. História do Design Gráfico. 2015. Nota de aula. Arquivo digital.
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