No Brasil, o Positivismo influenciou na Proclamação da República e nas medidas governamentais iniciais do governo republicano. Havia uma simpatia pelo pensamento filosófico Positivista, de Auguste Comte, principalmente, nas escolas militares brasileiras do séc. XIX.
E ainda, na década de 1970, por ocasião da tentativa de implantação da escola tecnicista.
O Positivismo foi uma teoria sociológica fundada por Auguste Comte que passou a buscar nas ações humanas as explicações para diversos fatores sociais, contrariando, sobretudo, a teologia e a metafísica e demonstrando que as explicações para diversos acontecimentos não apareciam apenas para as ciências como a matemática, como até então pregava o racionalismo.
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Auguste Comte (1798-1857)
Foi um filósofo francês fundador da Sociologia e da corrente do Positivismo. Comte viveu em uma sociedade marcada por guerras (napoleônicas, 1803-1815) e por fortes contestações das classes operárias (Revoluções Liberais de 1830-1848).
No contexto pós-revolucionário da burguesia francesa, Comte toma o partido da parcela mais conservadora da burguesia, que defendia um regime ditatorial, não parlamentarista e que buscava criar condições para se fortalecer no poder e impedir quaisquer ameaças, identificadas com todas as tentativas democratizantes ou revolucionárias. Nesse sentido, sua proposta de uma filosofia e de reforma das ciências tem como objetivo sustentar essa ideologia, e suas ideias de reforma da sociedade e até de uma nova religião são coerentes com essa visão. (SOBRINHO, 2014)
A Lei dos Três Estados
A lei dos três estados carrega consigo, ou expressa, uma concepção de história. Comte fundamenta suas noções da positiva filosofia e do espírito positivo na noção de que esse estado é decorrência de uma evolução histórica. (SOBRINHO, 2014)
- ESTADO TEOLÓGICO: o homem ao tentar responder as questões: “De onde viemos?”; “Quem somos?” e; “Para onde vamos?”, como também, pela busca do Absoluto, ou seja, da existência de Ser superior. Portanto, neste primeiro estado, o homem explica a realidade apelando ao sobrenatural, à magia, às lendas e às superstições. Em outras palavras, trata-se da consciência mítica e religiosa.
- ESTADO METAFÍSICO: Substitui os deuses por princípios abstratos. Refere-se ao pensamento essencialista característico do pensamento Antigo e Medieval. Para Comte, sua explicação é ingênua e psicológica, mas tem sua importância histórica por como crítica e negação da explicação teológica precedente.
- ESTADO POSITIVO: Comte considera esta como sendo a etapa final e definitiva do desenvolvimento do conhecimento humano, portanto, como sendo superior às anteriores. Neste estado não se procura mais o “porquê” das coisas, mas sim o “como”, através da descoberta e do estudo das leis naturais.
Referências:
SOBRINHO, D. Renato José. Pesquisa Quantitativa em Educação. Filosofia da Educação. UNESA. 2014. Notas de aula. Digitalizado.
UNESA. 2015. Notas de aula. Digitalizado.
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