O Ready Made é um termo criado por Marcel Duchamp (1887-1968) para uma criação artística, de algo que já pronto.
Na criatividade nada é completamente original; tudo o que se pode criar é baseado em um objeto, ideia, teoria, tendência ou arte já existente, seja na forma como o indivíduo é influenciado, como utiliza suas referencias ou na criação propriamente dita. (ZAMANA, 2015)
O objetivo inicial do Ready Made foi designar um tipo de marcação em objetos produzidos em massa e sem critérios estéticos pata serem exposições de arte. Seu primeiro ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho (Roda de Bicicleta).
Por meio do Ready Made, Marcel Duchamp iniciou um debate sobre a relação obra/artista, afirmando não acreditar na função criativa do artista. Para ele, o artista é um homem como qualquer outro e seu trabalho consiste em fazer certas coisas. Segundo ele, antigamente, eles os artistas eram chamados de artesãos.
Marcel Duchamp acrescentava frases breves em suas obras de Ready Made. A obra de Marcel Duchamp “Fonte” representa um mictório de porcelana, no qual o artista escreveu “R. Mutt” - “R. Mudo”, tendo-a submetido à Sociedade de Artistas Independentes, e inaugurando assim o conceito de Ready Made.
Em outros momentos, ele inventava um “Ready Made recíproco” como um Rembrandt na forma de tábua de passar roupa, simbolizando a contradição entre arte e Ready Made.
Outro aspecto constitutivo do Ready Made era a sua falta de originalidade, pois a reprodução de um Ready Made transmitia a mesma mensagem que o original.
Em outros momentos, ele inventava um “Ready Made recíproco” como um Rembrandt na forma de tábua de passar roupa, simbolizando a contradição entre arte e Ready Made.
Outro aspecto constitutivo do Ready Made era a sua falta de originalidade, pois a reprodução de um Ready Made transmitia a mesma mensagem que o original.
As origens do Ready Made
O Ready Made teve origens no Pop Art durante a institucionalização do modernismo. Os artistas do modernismo tiveram acesso à arte de vanguarda do século precedente e do início do século XX, por meio dos diversos museus, escolas de arte e revistas de arte que consolidaram sua importância no sistema de arte.
Especificamente, o Dadaísmo e o Surrealismo tiveram muita importância no desenvolvimento do Pop Art. O Dadá adotava o niilismo e a estética antiarte como reação à Primeira Guerra Mundial. Já o Surrealismo, que se baseava no Dadá, queria revolucionar a consciência humana, a partir do reconhecimento dos impulsos básicos do inconsciente.
[...] Também várias de suas técnicas foram adotadas pela pop art, como as colagens a partir de revistas e a fotomontagem (ou mesmo o ready-made, que rejeitou a ideia de que a arte é uma forma de artesanato). (UNESA, 2020)
Marcel Duchamp foi um dos principais artistas dadaístas, tendo inclusive utilizado o pseudônimo feminino Rrose Sélavy, em muitas de suas obras como uma forma de protesto.
Apropriação do Ready Made
A apropriação, a partir do conceito de Ready Made de Marcel Duchamp, significa uma uma relação direta. Eles não são escolhidos ao acaso, inclusive tendo em vista dificultar a separação entre o objeto preexistente e a obra.
Duchamp concretizou, dessa forma, uma arte de adicionar uma “coisa” em um objeto de arte.
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Referências:
READY-MADE . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5370/ready-made>. Acesso em: 20 de Ago. 2020. Verbete da Enciclopédia.
UNESA. Antecedentes históricos do pop. 2014. Notas de aula. Arquivo digital.
_____. Aula 6 – Dadaísmo, Surrealismo e Anti-arte. ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE
CONTEMPORÂNEA. 2014. Notas de aula. Arquivo digital.
ZAMANA, Felipe. Criatividade Ready Made. O conceito de Marcel Duchamp na criatividade. 2015. Disponível em: <https://medium.com/@felipezamana/criatividade-ready-made-f4e78deeb4f6>. Acesso em: 20 agosto 2020.
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